Quem olha a tabela do Brasileirão não precisa ser nenhum adivinho para ver que os líderes, Corinthians e Atlético Mineiro, estão deitando e rolando nesse Campeonato.

O time comandado pelo certeiro Tite massacrou a Chapecoense em casa, que não costuma dar mole lá, tanto é que tinha perdido apenas uma partida para o São Paulo, antes dessa derrota. Mas dessa vez, antes dos quinze minutos, o Timão passou por cima dos catarinenses, e com isso livrou quatro pontos de vantagem sobre o Atlético.

É, mas o alvinegro mineiro também não deixou barato e não deu chance ao Fluminense com Ronaldinho Gaúcho e tudo. Ganhou por dois a um e, mais, é o time que pode ser o primeiro a almejar a liderança do Timão.

O Grêmio permanceu no terceiro posto e o Palmeiras voltou ao G4.

Falando no Verdão, me disseram que aconteceu uma conversa, mantida à sete chaves, em relação a contratação de Pato. Queriam arrumar um time do exterior que ficasse cinco meses com o jogador, para repatriá-lo em janeiro, pois o Clube quer montar um timaço para 2016. Vamos esperar para ver o próximo capítulo dessa novela que acaba em breve, com o fechamento da janela européia.

Por isso mesmo, com ou sem essa jogada de mestre do Palmeiras ou por esse sonho de verão, Pato deve ir mesmo embora. E isso deixou o técnico Osório estressado. Para ele será uma traição da direção do Clube, que prometeu mundos e fundos e não cumpriu. Mesmo assim, goleou a Ponte Preta assumindo a quinta colocação.

No quesito elenco, acho que o mais armado é o Palmeiras, que tem bala na agulha para as duas competições, Copa do Brasil e Brasileirão com os seus  mais de vinte contratados. E ainda agora reforçado por esse talento de Gabriel Jesus. Vamos esperar para ver o que acontece.

É isso. Quero agradecer aos leitores desse Blog, nesses seis meses, e dizer que foi um prazer imenso escrever todos os dias, assuntos que mexeram com a paixão dos torcedores que passaram por aqui. Continuarei com a minha coluna em meu site.

Um abraço e até breve.

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O São Paulo mostrou que precisa melhorar muito se quer alguma coisa nesse Campeonato Brasileiro.

Mesmo saindo na frente do Flamengo, com Luis Eduardo, foi um dos visitantes mais generosos, porque deu dois presentaços ao anfitrião, no Maracanã. Thiago Mendes e Auro fizeram as gentilezas do time paulista e deram dois “passes” aos adversários que não deixaram barato e viraram o placar. Ederson e Guerrero, que mostrou ser um “puro sengue” de centroavante, já que ele é fã e tem cavalos de corrida, marcaram para o time da Gávea.

A paciência do  técnico colombiano pode estar acabando. Falei  por aqui que a diretoria do Clube queria Sampaoli, com quem teve uma conversa antes de Osório. Mas o argentino tinha informações da crise financeira no tricolor e não veio, preferindo ficar na Seleção do Chile. Agora, com o desmanche que o São Paulo sofreu pela falta de grana, se desfazendo de  vários jogadores, pode ficar sem Pato se o Corinthians vender seu passe.

O que foi prometido a Osório foi bem diferente da entrega. Com esse papo do convite da Seleção do México e a pressão de sua família, seu futuro é incerto no Brasil. Só falta o tricolor ficar sem técnico a essa altura do Campeonato.

E mais. O time não sabe jogar fora de casa. Dos onze jogos como visitante, perdeu sete, empatou um e venceu apenas três. Muito pouco para um time que quer ser campeão.

E a polêmica de jogar com Luis Fabiano e Ganso, deixou uma coisa clara. Se está  ruim com eles, fica bem pior sem esses dois jogadores. Com essa derrota, o São Paulo ficou fora do G4,com os mesmos trinta e um pontos. A sorte é que Fluminense, Palmeiras, Sport e Atlético Paranaense, não fizeram a lição de casa e foram derrotados.

Vamos ver que cartas a diretoria e o técnico Osório vão tirar do bolso do colete para superar essa fase do Clube.

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Trabalhei com Silvio Lancellotti um tempão na Band. Fizemos juntos o Campeonato Italiano, regado a “bruschetas”, uma torrada italiana, e lulas feitas pelo nosso amigo Giovanni Bruno, que já nos deixou.

Além de jornalista, Silvio é um renomado chefe de cozinha e assina muitos cardápios da cidade. Mas tem uma paixão especial pelo esporte, e isso sempre falou mais alto.

Tivemos um rápido papo, depois de muito tempo sem nos falarmos, e vi que Silvio continua com a língua afiada, mostrando uma boa dose de ironia e sagacidade, me respondeu seis perguntinhas curtas e grossas. Vamos a elas.

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Domingo, o que se viu no último lance da partida entre São Paulo e Corinthians foi inacreditável. O chute dado por Wesley e a defesa “a la vôlei” de Uendel foi demais. Acho que qualquer amador que estivesse no apito, não vacilaria.

Se fosse na várzea ou na pelada, o árbitro ia ter problemas para ir embora. Mas para o gaúcho, com o escudo da FIFA na camisa, Leandro Vuaden, não foi nada.

Como pode um time trabalhar a semana inteira, jogadores se esforçarem, o clube gastar uma grana para pôr suas contas em dia, e sofrerem prejuízos como esse?

Não acontece nada para esse árbitro, e nem para outros, que hoje distribuem cartões como se fossem de visita, e aparecem mais que os verdadeiros artistas da partida?

Estou nessa vida há muito tempo, mas não entendo o que faz essa comissão de arbitragem do senhor Sérgio Corrêa. O corporativismo é nojento em todas as profissões, e sei que na minha também existe, mas essa de árbitro é uma barbaridade.

Não é a primeira vez que Vuaden parece fazer vistas grossas para lances capitais e pênaltis escandalosos, como o de Dedé em Jô na decisão do ano passado no Campeonato Mineiro. Ou ainda, no mesmo torneio, o pênalti não dado para o América na partida contra o Atlético Mineiro.

Mas isso não é privilégio de Vuaden. A maioria erra feio. Só que ele é tido como um dos melhores do país, e uma de suas virtudes é deixar o jogo correr, marcando poucas faltas.

Para deixar a partida assim e não apitar um lance escandaloso como esse, vou vestir um uniforme preto e pedir licença para pegar um bico desses, porque aquele pênalti, eu daria fácil com os meus quatro graus de astigmatismo e miopia.

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Em março desse ano, cinco meses atrás, falei por aqui que o Palmeiras não estava nos planos de Valdívia. Que o chileno tinha uma proposta da Arábia, mas que esperava fazer uma grande Copa América para ser ainda mais valorizado e, quem sabe, jogar na Europa.

Era loucura, na época, para quem não via Valdívia em campo pelo Verdão, mas sabia que Sampaoli tinha acertado com ele a convocação e a camisa 10 na Seleção do Chile.

Deu tudo certo, ainda mais com a proposta de Paulo Nobre, como comentei em abril no meu Blog, onde cravei a prosposta da diretoria de cento e vinte mil mensais e sessenta por jogo. Valor que Valdívia confirmou nas entrevistas dadas por ele, nesse final de contrato com o Clube, no próximo dia 17.

Já com os salários acertados com o Al Whada, da Arábia, onde vai receber um milhão e meio de euros anuais, ele tenta explicar o que se passou nesse tempo que ficou sem ser escalado. Disse que não teve um jogo de despedida e que não o deixaram fazer uma última coletiva.

Valdívia sabe que tem um desafeto por lá, chamado Alexandre Mattos, que fez pouca força para ele continuar no Clube e forçou essa proposta de produtividade, pois sabia que Valdívia ia chiar. E que sairia atirando por aí, podendo conturbar o bom ambiente da equipe. Por isso, brecou essas possibilidades, já que ele está de saída.

Lamentável saída, pela porta dos fundos, com ataques e explicações atrasadas.

Fica a pergunta. Por que Valdívia que sempre foi irônico com os repórteres nas entrevistas, fazendo pouco caso muitas vezes, e minimizando as bobagens que ele mesmo confessou, durante um bom tempo no Palmeiras, agora virou um anjo? Bonzinho demais, agora que a  Inês é morta. Era melhor ele falar bem, nesse apagar das luzes, de um Clube que o pagou regiamente nesses sete anos, onde foi um dos maiores custos em relação aos benefícios que trouxe ao Palmeiras.

Que na Arábia ele possa ser melhor em  campo e tratar melhor os colegas de lá.

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O torcedor do Grêmio não poderia nem imaginar uma rodada dessa, nem nos melhores sonhos. Pulou da oitava posição para a terceira, num piscar de olhos. Além disso, goleou seu arqui-inimigo Internacional por cinco a zero. Um chocolate pra lá de histórico.

A diretoria do Inter não poderia ter trocado de técnico em um momento tão errado, faltando três dias para o Grenal. A saída do uruguaio Diego Aguirre só piorou o clima no colorado, e isso foi demonstrado em campo, onde o time murchou diante de um Grêmio inspiradíssimo, comandado por Roger, que vem mostrando serviço e agradando em cheio o torcedor gremista.

Além de detonar o Inter, o time gaúcho contou com muita sorte na rodada, com resultados combinados que determinaram esse salto na tabela. Corinthians e São Paulo empataram. Sport e Atlético Paranaense também. E o Palmeiras perdeu do Cruzeiro.

Rodada mágica e dia inesquecível, para os quarenta e seis mil torcedores que estiveram na Arena do Grêmio.

Há cinquenta e cinco anos, o Grêmio não marcava cinco gols no Inter. A última vez  foi pelo Gauchão, e ainda por cima o Inter fez um, o chamado gol de honra.

Belo presente para os papais gremistas!

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Foto: Instagram

A meta inicial do Sport do Recife era, a exemplo do que aconteceu o ano passado, não cair para a segunda divisão. Mas com os reforços do meia Diego Souza, que foi emprestado pelo Metalist da Ucrânia e que tem o maior salário do time, em torno de 300 mil reais por mês, mais André que veio do Atlético Mineiro e ainda o goleiro Danilo Fernandes, que saiu do Corinthians, o Sport é o time que mais frequentou o G4.

Em treze rodadas, o clube pernambucano esteve entre os quatro melhores do país. Empurrado pelos sócios torcedores, que hoje passam dos vinte mil, e com rendas como a da partida contra o São Paulo, na Arena Pernambuco, que passaram de um milhão e duzentos mil reais, o Sport quer chegar mais longe ainda esse ano.

Segundo Álvaro Claudino, que trabalha na área de comunicação do clube e junto a diretoria, o presidente João Humberto Martorelli quer que a equipe continue com esse espírito de time grande, nessa briga pelo título.

Todos sabem aqui, disse Álvaro, que o técnico Eduardo Baptista, filho de Nelsinho que hoje está no Japão, tem como meta disputar uma Libertadores e, quem sabe, ganhar o título do Brasileirão de 2015.

E isso é possível, já que o time aguentou a parada até quase a metade do Campeoanto e poderá repetir a dose no segundo turno. Esse é o propósito da comissão técnica e do elenco, que tem uma folha que não chega a dois milhões de reais, e que está brigando com times com um orçamento e patrocínios muito maiores que os dos pernambucanos.

Vamos ver se o Sport, que nesse momento está na quarta colocação do Brasileirão com 29 pontos ganhos e que vai pegar o Atlético Paranaense nesse domingo fora de casa, continua partindo para cima dos adversários e deixando a galera pernambuncana com orgulho do seu clube.

E se vai aumentar os seus troféus do Brasileirão, já que o único, conquistado em 87, a famosa Taça das Bolinhas, é contestado por muitos até hoje.

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A apresentadora Sônia Abrão me recebeu em seu camarim, antes de começar o programa A Tarde é Sua, na Rede TV. Falamos de futebol, dos problemas na FIFA e CBF, do maior ídolo da nossa Seleção, Neymar, do técnico Tite e é claro, sobre a sua maior paixão, o Corinthians.

Blog do Andreoli – O que você está achando desse momento no futebol, com escândalos e prisões pelo mundo?

Sônia Abrão – Há muito tempo, o futebol mundial virou um grande negócio. Perdemos a magia do espetáculo dentro de campo. Hoje, o que acontece fora das quatro linhas é mais importante que o próprio jogo. O torcedor virou consumidor de um produto extremamente caro. O futebol foi envolvido pelo mundo da política e do marketing e é administrado por empresários que visam apenas o lucro. Os jogadores viraram mercadorias. A paixão pelo clube e o amor pela camisa não existem mais. E infelizmente nesse cenário, o que se espera são os escândalos e a corrupção. Parece utopia, mas ainda acredito que o futebol volte a ser o entretenimento de domingo à tarde.

Blog do Andreoli – E de Seleção Brasileira. Você acha que o Dunga deve continuar como técnico? E o Brasil, corre risco de não se classificar nas eliminatórias e ficar de fora da Copa do Mundo?

Sônia Abrão – Acredito que o Dunga não seja o único responsável pelo momento preocupante que a seleção vive. Tecnicamente, o futebol brasileiro não se reciclou e vive na idade da pedra se comparado ao resto do mundo.  Além disso, o que acontece fora de campo influencia muito no desempenho do nosso futebol. Fica evidente que vários jogadores da Seleção não são os melhores para representar nosso país. Alguns deles estão lá porque trazem um bom patrocínio e muito dinheiro. Como torcedora não queria ver o Brasil fora da Copa, mas admito que as chances de isso acontecer são cada vez mais reais.

Blog do Andreoli – O que você acha de Neymar ser o maior ídolo do Brasil? A imagem dele é boa ou você acha que ele passa do ponto às vezes?

Sônia Abrão – Atualmente, como jogador, o Neymar é sem sombra de dúvidas o maior craque do país. É o único que tem condições de trazer de volta aos gramados aquele futebol envolvente e dar um espetáculo. Fora dos gramados não o vejo como uma pessoa tão vislumbrada e que se envolva em muitas polêmicas. Até porque temos de levar em conta que não deve ser fácil para um garoto tão jovem lidar com o assédio do mundo inteiro.

Blog do Andreoli – Você é corintiana roxa. Você acha que o Tite conseguiu armar de novo uma grande equipe? Tem chances de ser campeão no Campeonato Brasileiro?

Sônia Abrão – Adoro o Tite como técnico. Quando ele se aposentar o Corinthians tem que fazer um busto dele lá no clube. Foi ele que nos deu a tão sonhada Libertadores e o segundo Mundial. Além disso, veja o desempenho do time agora. Quando fomos eliminados na Libertadores deste ano, já vieram falar em crise. Perdemos uns jogadores muito importantes que estavam desde a conquista do Mundial. Daí o Tite reformulou tudo e agora o Corinthians vem demonstrando que pode ser campeão do Brasileiro. Acho ele um excelente técnico. Eu acredito muito na conquista do Brasileirão deste ano.

Blog do Andreoli – O que você destacaria de positivo e de negativo no nosso futebol ou no futebol mundial?

Sônia Abrão – No futebol como um todo o que eu vejo de positivo é que, aconteça o que acontecer, o torcedor de verdade (não aqueles vândalos que vão ao estádio atrás de briga) nunca perde a paixão pelo seu clube. E eu acredito que esse amor é que ainda mantém o futebol como diversão, entretenimento e arte. De negativo, todos os dirigentes e empresários que fazem de tudo para transformar o futebol em um grande negócio. Se preocupam apenas com o extracampo e parece que fazem de tudo para nos tirar o prazer de assistir a uma partida. O futebol está perdendo a sua essência.

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Depois do reconhecimento da FIFA, a Copa Rio de 51 com a participação do Vasco do Rio, Juventus da Itália, Estrela Vermelha da Sérvia, Áustria Viena da Áustria, Nacional do Uruguai, Sporting de Portugal, Nice da França, o time do Palmeiras, grande vencedor do torneio, foi o primeiro a conquistar um mundial de Clubes.

A campanha do time paulista na primeira fase se resumiu a ganhar do Nice por três a zero, depois vencendo o Estrela Vermelha por 2 a um e perdendo da Juventus por quatro a zero. Na fase semifinal, passou pelo Vasco em dois jogos, chegando a grande final contra a equipe italiana.

Foram duas partidas memoráveis, onde o Verdão ganhou no Pacembu por um a zero e depois empatou no Maracanã por dois a dois, ficando com o título.

Há 64 anos, o Palmeiras foi o primeiro time brasileiro a competir com times da Europa e América do Sul, e ganhar. O pedido da diretoria do alviverde e da CBF à FIFA foi reconhecido o ano passado, numa reunião do Comitê executivo da entidade.

O time, comandado pelo craque Jair da Rosa Pinto, levantou a Taça e a atual diretoria sonha em repetir esse feito, o mais rápido possível. Essa é a meta do Presidente Paulo Nobre, que me disse que irá montar ainda esse ano um time vencedor e que tem como alvo conquistar um título nacional, para chegar a Libertadores, ganhar essa a Taça e tentar repetir o feito do Mundial.

O otimismo é geral, depois da chegada de Marcelo de Oliveira e com os reforços que surgem a todo momento. A diretoria, respaldada pela gerência de Alexandre Mattos, aposta todas as suas fichas num feito dessa grandeza por estar numa ótima situação financeira, já que as arrecadações não param de crescer, alavancadas com a grana dos sócios torcedores.

O negócio, para continuar pensando num título maior, é formar um elenco forte, e não um time e reservas. A expectativa é chegar ao G4 nas próximas partidas e, quem sabe, conquistar ainda esse ano o Brasileirão.

Vamos ver se todos os esforços do Verdão vão dar certo para que a cena mostrada, aí em cima, se repita em 2016 no Japão.

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Quem assistiu ao jogo do São Paulo diante do Sport viu um time à flor da pele. Nem o líder e capitão, Rogério Ceni,  esboçou uma cutucada nos dois companheiros, mais tarde expulsos, que estavam fora de órbita. O que se viu foi tão claro, que não precisava ser nenhum vidente para saber que Ganso e Luis Fabiano não querem mais vestir a camisa do tricolor.

Os dois mostraram um destempero total na partida e pareciam preocupados com as propostas que tiveram e não foram aceitas pela diretoria do Clube.

Conheço Carlos Miguel Aidar há muito tempo e sei que a sua paciência vai até a “página 3”, mas nunca achei que toleraria tamanha insubordinação. Já pensou quantos jogadores gostariam de vestir a camisa do São Paulo e receber os salários, mesmo atrasados, desses dois jogadores? Entre 300 e 500 mil reais mensais, nessa crise que anda o país?

Como os dirigentes não percebem que ambos queriam debandar essa semana? Luis Fabiano chegou ao cúmulo de comentar que “infelizmente não tinha dado certo com o Cruz Azul, do México, mas que, quem sabe, dará no fim do ano”, quando acaba seu compromisso com o São Paulo. É um tapa na cara dos torcedores tricolores.

E Ganso, com um pé no Orlando City, indicado por Kaká, estava dando risada à toa, com a chance de jogar lá nos Estados Unidos. Barato que foi cortado por Aidar que não aceitou a proposta do Orlando.

As duas “estrelas” do time deram um show de menosprezo ao clube.

Foram expulsos pelo juiz, que aliás foi péssimo na partida, mas deviam tomar vermelho dos diretores, antes mesmo de entrarem em campo.

O técnico colombiano, um senhor classudo, já está perdendo as estribeiras e ele, que nunca tinha sido expulso na Europa e redondezas, refém da situação, já foi para o chuveiro duas vezes. Osório sabe que vai ser duro segurar essa barra, com dois titulares insatisfeitos e louquinhos para sairem do clube. O técnico disse na coletiva que o caso dos dois agora é da direção do São Paulo.

Por isso mesmo, o buraco do Tricolor é mais em cima. Agora, o presidente Carlos Miguel Aidar e o diretor Ataíde Gil Guerreiro terão que decidir essa parada.

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