O ano começou difícil para Rojas. Fez uma cirurgia, onde tirou um dos pulmões, depois de uma infecção.

Depois, o ex-goleiro do São Paulo, após 5 anos de espera, foi comunicado que tinha chegado a sua vez. Um família estava doando o fígado de um parente para ser transplantado nele. Rojas não quis saber se era homem, mulher e nem a idade do doador. Ele disse que ficaria com aquela imagem em sua cabeça e não teria paz.

A verdade é que ele ainda está em recuperação, a chamada “quarentena”, para que não haja rejeição ou qualquer problema.

Nesse papo que tivemos, Rojas me contou algumas coisas que marcaram seu passado. Me disse que com a cabeça que tem hoje, jamais repetiria aquela loucura de encenação que fez no Maracanã, em 89, quando simulou um corte no supercílio, depois de um foguete jogado por uma torcedora, a loira Rosenery Mello. Por causa disso, foi banido do futebol pela FIFA e teve que encerrar a carreira de goleiro. Obteve o perdão da entidade em 2001.

A oportunidade de voltar ao mundo do futebol foi dada pelo ex Presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouveia, que o colocou como preparador de goleiros. Quando Oswaldo de Oliveira foi demitido do comando do São Paulo, Rojas foi a solução imediata, conseguindo a façanha de classificar a equipe para a Libertadores daquele ano. Mas, para sua surpresa, começaram alguns problemas no tricolor.

A primeira mágoa foi com o ex Presidente Juvenal Juvêncio, que o tirou do comando. Mas o pior estava por acontecer.

Perguntado por Juvenal sobre um nome para dirigir a equipe , o chileno sugeriu o de Cuca, que até o beijou na chegada o Morumbi por sua indicação. Mas foi o beijo da Máfia, segundo Rojas.

Cuca o tirou do Morumbi e pediu ao Presidente que o ex-goleiro fosse deslocado para treinar os amadores, em Barueri. Ele lembra que não tinham nem campo, na época. Uma traição que doeu na alma.

Enquanto conversávamos pelo telefone, o São Paulo tomava o gol do Cruzeiro no Mineirão, levando a partida para as penalidades, na disputa pela vaga na Libertadores.

Ainda deu tempo dele me falar de Milton Cruz. Rojas me disse que quando dirigiu a equipe, Milton o ajudou muito e que o São Paulo está em boas mãos porque ele tem uma leitura de jogo como pouco que conheceu.

Depois pedi uma foto com sua mulher Viviane que tem sido tudo para ele, em todos os momentos. Ficamos de nos falar após a partida para saber o que ele tinha achado. Quando liguei, sua companheira me falou que depois da derrota tricolor, Rojas tinha tomado os remédios para o tratamento e dormido.

Na nossa conversa, Rojas me revelou que aos 57 anos sonha em, até o fim do ano, voltar aos gramados, a sua paixão. Vivendo o dia a dia com os jogadores, em qualquer  função, passando a sua experiência como profissional, além da obtida fora de campo.

Fica aí a nossa torcida para que tudo dê certo. Boa sorte Rojas!

Visite o nosso site: www.luizandreoli.com.br

Siga a nossa página no Instagram: @luizzandreoli

O São Paulo atropelou o Corinthians no Morumbi. Tipo aquela piada que, depois do acidente, se anotaram as chapas do carro. Dois a zero ficou muito barato.

E falando em graça, um tricolor especialista no assunto, Juca Chaves, conversou comigo, depois da partida no Morumbi, e disse que esse time foi um bem diferente daquele que se apresentou durante todo esse ano. Aquele São Paulo, sim, era uma piada. E de mau gosto.

O que ele viu nessa partida contra o Corinthians foi um time seríssimo. Marcou, encurralou o adversário, num ótimo sentido, é claro, e ainda fez gols.

Juca disse mais: “Vou conversar com o Presidente Aidar, que me convidou para trocarmos umas ideias, já que sou seu amigo, tricolor roxo e acompanho a equipe em todos os momentos. Acho que vamos nos encontrar essa semana ou na próxima. Vou pedir para ele continuar com Milton Cruz no comando, até em definitivo. Pô, ele mudou a cara do time. Lembra como era com o Muricy? Ontem parecia que a equipe tinha colocado o dedo na tomada de 22o volts”.

Quanto à arbitragem de Sandro Ricci, que expulsou três, Juca falou que alguns atletas como Sheik e Mendonça, do Timão, e Luis Fabiano, do São Paulo, poderiam treinar mais lutas marciais, já que o nosso Anderson Silva está parando.

Falando sério, o São Paulo foi outro. Diferente daquele que parecia estar morto-vivo em campo, desmotivado e  cumprindo tabela.

E as perguntas que ficam no ar são as seguintes. Nos jogos da próxima fase, diante do Cruzeiro, que São Paulo entrará em campo, hein? O elétrico de ontem ou aquele que dava sono ao torcedor?

Quanto ao Corinthians, será que a tensão muda de bairro, sai do Morumbi e se instala em Itaquera?

É esperar pra ver!

Visite o nosso site: www.luizandreoli.com.br

Siga a nossa página no Instagram: @luizzandreoli

Com Milton Cruz dando conta do recado como substituto de Muricy e o time passando agora às semifinais do Paulistão, a direção do São Paulo deve contratar mesmo um técnico estrangeiro.

Falando nisso, num papo que tive com o repórter da Globo, Mauro Naves, ele me disse que achava super interessante um técnico de fora assumir o tricolor paulista.

Mauro lembrou que só nessa Copa América, das doze seleções participantes, seis delas têm técnicos argentinos. Sem dúvida, eles estão em alta no futebol mundial, tanto é que foi sondado o nome de Sabella para assumir o cargo, o que pode acontecer nas próximas horas, já que o Manchester City atravessa uma fase ruim no campeonato inglês e, assim, o caminho fica mais fácil para trazer o técnico que foi da Seleção da Argentina.

E mesmo com dívidas de mais de 150 milhões de reais, o tricolor deve fazer esse investimento.

O sonho era Jorge Sampaoli, que estava apalavrado com o clube paulista. Seu empresário confirmou essa semana a conversa com os dirigentes do São Paulo e a vontade dele em treinar um time brasileiro, já que a Seleção do Chile só se apresenta esporadicamente e ele sente falta do dia a dia.

Mas o imprevisto da saída brusca de Muricy e o fato de Sampaoli ter que ficar até o final da Copa América, pode mudar os rumos tomados pela diretoria.

Não na nacionalidade do técnico. Ele deverá ser argentino também!

No futebol tudo pode acontecer. Vamos esperar pra ver!

Visite o nosso site: www.luizandreoli.com.br

Siga a nossa página no Instagram: @luizzandreoli

Foto: Lucas Borges

Conheço Carlos Miguel Aidar desde os anos oitenta, quando seu pai, Henri era um dos mais importantes figurões, e que também presidiu o clube.

Sempre batíamos longos papos no saguão do Morumbi. Ele me tratava com muito carinho e respeito, na época em que eu era repórter na Globo. Tanto é que no meu primeiro livro, “As histórias do Bonitão na TV”, tem um capítulo muito engraçado dele com meu colega da Jovem Pan, Wanderley Nogueira, que um dia contarei aqui no meu Blog.

Mas, depois que me afastei das reportagens, e fui ser apresentador, nunca mais vi Carlos Miguel. No domingo, depois de dar a notícia com exclusividade por aqui do pedido de demissão de Muricy Ramalho, ainda quando o ônibus que trazia a delegação de Ribeirão Preto estava na estrada, sendo que muita gente duvidou dessa informação e que só ontem a tarde foi confirmada, quando ainda cravavam a permanência de Muricy, fiquei com vontade de falar com o atual presidente do São Paulo, para tirar tudo isso a limpo.

Pedi a um amigo em comum o seu celular e fiz a ligação. Ele atendeu, e eu brinquei. “É o Andreoli, lembra de mim?” Ele deu risada e falamos da saudade daqueles tempos. Ele falou como era bom e diferente naquela época.

Aí ele entrou num túnel e caiu a ligação.  Quando consegui falar de novo, ele me disse que estava embarcando.Perguntei: “Mas você já escolheu o novo técnico?”. Ele me respondeu que por enquanto vai ficar assim, e que não iria especular nomes agora.

Deu tempo de perguntar sobre Sampaoli, que é o sonho dourado do tricolor. Carlos Miguel me disse: “Querido Andreoli, não vou falar nisso agora, estou viajando e na volta marcamos um papo”.

Me mandou um abraço e desligamos os celulares. Pensei: “Será que em meio a essa viagem,pode algo mais acontecer?

Aidar pensa rápido, e age mais rápido ainda. Ah, e tem a caneta para assinar com o novo contratado.

Quais serão os próximos capítulos? Por enquanto, ficamos na expectativa de quem será o protagonista escolhido pelo presidente. Como  coadjuvante, Milton Cruz  vai dirigindo o time.

Visite o nosso site: www.luizandreoli.com.br

Siga a nossa página no Instagram: @luizzandreoli