Bati um papo com Patrícia Maldonado, experiente repórter e apresentadora da  Band e fiquei sabendo de muitas novidades. Logo de cara, perguntei se ela estava deixando a Band e o Brasil.

Patrícia me disse que é verdade e me contou o porquê dessa decisão. “Vou morar fora do Brasil por uns tempos. É uma decisão pessoal, em busca de novos horizontes, um lifestyle diferente para minha família. Não tem nada a ver com não gostar mais da profissão, não querer falar mais de esporte, muito pelo contrário. Tanto que lá vou fazer reportagens para enviar ao Brasil, já que os EUA estão investindo bastante no futebol e estamos em ano pré-olímpico. Assunto é o que não vai faltar”.

Perguntei também sobre a mulher estar ganhando mais espaço no meio esportivo. Ela afirmou que para ela essa já não é mais uma conquista nova. “Eu mesma comecei a trabalhar com futebol em 2000, ou seja, faz tempo que garantimos nosso lugar também nas coberturas esportivas. Claro que no começo era complicado, éramos poucas mulheres nas coletivas, treinos, no campo, mas esse espaço está aumentando cada vez mais, a aceitação por parte dos atletas e do público é cada vez maior e eu acho isso ótimo. Afinal de contas, se a mulher pode ser pesquisadora, astronauta, presidente de um país, porque não pode falar de futebol?”, respondeu Patrícia.

Perguntei: “E o que você nunca revelou? Uma informação,ou qualquer coisa que você nunca contou.”Patrícia: “A sua pergunta sobre o que eu nunca revelei, e revelaria agora, vai ficar sem resposta! Rs! Eu sou muito transparente, não há nada que eu esconda, nenhuma carta na manga.”

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Em meados dos anos oitenta, conheci um garoto franzino que operava VT, chamado Marcos. Ele andava pelos corredores da emissora sempre sorridente e todos falavam que ele era bom de bola.

Ele era titular absoluto do time da Band e fora do trabalho tentava passar em algum teste, as chamadas “peneiras”, onde se escolhem talentos para se tornarem, quem sabe, profssionais dessa difícil arte que é jogar bola.

Ninguém poderia esperar, depois de ser barrado nove vezes, que conseguisse entrar no São Paulo e se tornar o famoso Cafu. Nem nos meus altos devaneios, eu que vivo do jornalismo esportivo, imaginaria que o Marcos, hoje Cafu, seria capitão da Seleção Brasileira e levantaria a taça na Copa de 2002, do outro lado do mundo, em Yokohama, no Japão.

Cafu se tornaria o recordista de jogos vestindo a amarelinha 149 vezes.

Ah, para chegar lá passou pelo São Paulo, Zaragoza, Palmeiras, Roma e Milan. É mole?

Encontrei com ele no mês passado, num shopping aqui em São Paulo, como mostra a foto.

Fazia tempo que a gente não se via. Apresente ele a minha mulher, dizendo que ele era meu ex companheiro de Band, e ele me respondeu: “Sim, com muita honra”.

Deu tempo ainda para me confidenciar que Ronaldinho Gaúcho deverá ser o próximo a seguir o caminho de Kaká e Ronaldo Fenômeno. Jogar no futebol da Liga Americana.

Mas no fundo, pensei nele ao meu lado, operando VT e na cena que não sai da cabeça de ninguém: ele levantando a taça e fazendo uma declaração de amor à sua mulher: “Regina, eu te amo”.

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