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Cafu aceitaria um cargo executivo na Seleção Brasileira

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Cafu Copa 2002 tacaa

Bati um longo papo com o capitão Cafu e falamos de vários assuntos que estão pipocando na mídia.

O primeiro foi a permanência de Dunga como técnico do Brasil. Cafu me disse que a CBF tem que dar segurança para que ele continue treinando a seleção. Disse também que a apresentação do Brasil na Copa América foi atípica. Os jogadores de fora estavam em fim de temporada, desgastados e não puderam mostrar o futebol deles. Cafu garante que a Seleção será outra nas Eliminatórias e joga todas as suas fichas na classificação.

Perguntei a ele porquê dessa certeza. Ele me falou que até lá os convocados vão estar voando em termos técnicos e físicos. Aí o papo, ou melhor o jogo será diferente, e não terá ninguém para o Brasil.

Mas será que o trauma dos sete a um não ficou na cabeça do time? Ele me disse que isso nunca será apagado, como aquela imagem da Copa de 2002, quando ele levantou a Taça e deu destaque ao Jardim Irene, lugar onde nasceu e viveu sua infância.

A grande preocupação do nosso lateral campeão é a falta de comprometimento de alguns jogadores que saem do país cedo. Cafu diz que eles não podem ter a alma dos que vivem aqui, mas também diz que é impossível fazer um time só com os que se apresentam nos clubes brasileiros. Falcão quis fazer isso na Copa América de 91 e acabou caindo.

Ele é a favor de chamar quem está bem em outras divisões do futebol brasileiro. Ele me pergunta: por que não? Temos que chamar os melhores e eles poderão estar jogando nesses outros campeonatos.

Quanto a Neymar ser o capitão da Seleção, Cafu é contra. Ele tem mais é que jogar bola. Não tem perfil de capitão e, com o talento que tem, não pode ser sobrecarrregado nessa função. Precisamos de outro e por enquanto só vê um, se for convocado. O zagueiro Miranda.

Cafu acredita que Neymar precisa ter um papo com pessoas mais experientes, como ele, que dariam alguns conselhos ao craque, referindo-se a divulgação de um vídeo feito em sua própria casa, onde o jogador estava alcoolizado. Disse que não o deixaria se expor à toa, mesmo em ocasiões como aquela em que ele estava na casa dele e de folga, porque algumas amizades podem prejudicá-lo. Na minha época de capitão, diz Cafu, eu sabia da vida de cada jogador, dentro e fora de campo. Tinha que ser assim e todos acatavam essa atitude dele nessa função.

Disse ainda que se for convidado pela comissão técnica brasileira irá opinar sobre o futuro da Seleção.

E mais, me confidenciou que gostaria de exercer um cargo executivo na CBF. Ele fala que sabe os atalhos do campo e dos bastidores. E essa será a sua opção até em algum clube que queira contar com ele no comando, isso se não for chamado pelos dirigentes da CBF.

Cafu viaja segunda que vem para Los Angeles, onde será o embaixador das Olimpíadas de crianças especiais. Na volta, continuará focado em sua Fundação, que completou onze anos, e que ajuda socialmente mais de 600 crianças carentes.

Valeu capitão!

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