Neymar Dependência Futebol Clube
andreoli
Não é de hoje que acompanho a Seleção Brasileira, tanto como torcedor quanto como jornalista.
Acompanhei de perto, profissionalmente, o time de 82, tido como um dos melhores de todos os tempos, apesar de não ter ganho a Copa, sem falar na incomparável Seleção de 70 formada só por craques, com Pelé e companhia bela.
Mas hoje, tá difícil de ver esse Brasil. Se Neymar não jogar, o time não existe. E, apesar de nomes que atuam em grandes times internacionais, essas ''estrelas'' não conseguem ser nem coadjuvantes do garoto.
Ah, Daniel Alves, que está acostumado a jogar com ele no Barcelona, foi o cara que mais se entendeu com o craque nessa vitória contra o Peru, por serem velhos companheiros. Mas o resto foi uma decepção. Pareceu uma colcha de retalhos, com furos, remendos e, quando esticada, faltava pano.
Culpa de Dunga? Claro que não. Conheço esse gaúcho teimoso desde garoto, quando ele jogava na Seleção de Juniores do Brasil de 83. Trabalhador e marrento, ainda não teve chance de conhecer a fundo cada um dos convocados. Pior que isso, em meio a uma crise sem precedentes na CBF, onde nem o jardineiro de Teresópolis está com o emprego garantido, pegou um abacaxi daqueles. Não sai da lembrança dos torcedores os malditos sete a um diante da Alemanha na Copa passada.
Já falei aqui e concordo com meu colega Mauro Naves, repórter da Globo, que Dunga tem um bom retrospecto de vitórias e sorte, muita sorte. Vimos isso, quando Neymar, nos acréscimos, passou uma bola daquelas açucaradas e Douglas Costa fez. Brasil dois a um. Um gol de Neymar e outro numa assistência perfeita do craque.
Esse é o time ''Neymar Dependência Futebol Clube''. E mais nada.
Fica a pergunta. Quando, de verdade, seremos uma Seleção com jogadores se destacando em sua funções e com esquema tático eficiente?
Por enquanto, todos estão devendo, menos Neymar.
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